China vai ter uma câmara de vigilância por cada duas pessoas já em 2022

China vai ter uma câmara de vigilância por cada duas pessoas já em 2022

As mudanças das políticas de privacidade e a eminente chegada do RGPD (Regulamento Geral de Proteção de Dados) estão a trazer alterações profundas à forma como as empresas tratam os dados dos utilizadores.

Atualmente, nas principais capitais europeias, a segurança dos cidadãos passa muito por sistemas de videovigilância ajudando desta forma as entidades policiais a conseguirem, à distância, controlar as movimentações dos cidadãos e atuar atempadamente caso aconteça algo.

As cidades chinesas são as mais vigiadas do mundo: oito das dez cidades mais controladas do mundo situam-se no país, existindo mais de 200 milhões de câmaras de circuito fechado de televisão (CCTV) em funcionamento, de acordo com um estudo realizado pela empresa britânica Comparitech que investigou 120 cidades em todo o mundo.

Chongqing, Shenzhen e Xangai têm, cada uma, mais de 100 câmaras por cada mil habitantes. A cidade mais vigiada do mundo é Chongqping, que conta com uma média de 168 câmaras por cada mil pessoas – um total de 2,6 milhões de câmaras. 

Tendo em conta o crescimento dos sistemas de vigilância na China, a Comparitech prevê que em 2022 haverá 626 milhões de câmaras. Feitas as contas, irá dar uma câmara para cada dois dos 1,4 mil milhões de cidadãos chineses.

Mas não são só as cidades chinesas que controlam os seus cidadãos. Há também certas cidades europeias e norte-americanas que vigiam as suas populações como é o caso de Londres que se encontra em sexto lugar na tabela, com cerca de 630 mil CCTV para vigiar os nove milhões de pessoas que vivem na capital britânica, o que dá uma média de 68 câmaras por cada milhar de pessoas.  E como é o caso de Atlanta, cidade no sul dos Estados Unidos, que aparece na tabela na décima posição, apresentando 15 câmaras por cada mil cidadãos. 

De acordo com o relatório da Comparitech, a segurança das populações e a prevenção do crime são apontadas como os principais argumentos para a instalação das CCTV. No entanto, ao cruzar os índices de criminalidade e segurança da Numbeo, verificou-se que a correlação entre estes indicadores é fraca. Ou seja, mais CCTV não é sinónimo de maior segurança numa cidade, concluiu a empresa britânica. 

No futuro a Comparitech prevê que as autoridades públicas e privadas adotem cada vez mais as tecnologias de reconhecimento facial nas CCTV.