Já pensou nas complicações que pode trazer à sua organização ao ter uma fuga de informação de dados pessoais?

Na passada sexta-feira, a Altice, operadora que gere a linha SNS24, partilhou por engano dados pessoais de 1906 profissionais de saúde através de um email.

A informação enviada num anexo não estava encriptada e era facilmente visível pelos destinatários, divulgando o número de identidade fiscal, dados do cartão de cidadão, profissão, nacionalidade e naturalidade de centenas de médicos, dentistas, psicólogos e enfermeiros.

Após ter sido contactada por diversas fontes, a empresa de telecomunicações reconheceu o erro: “A Altice Portugal confirma que uma colaboradora, no envio de um email de rotina aos profissionais de saúde, anexou por lapso um ficheiro que continha dados pessoais desses mesmos profissionais”.

A Altice afirmou já ter iniciado “diligências” com o objetivo de notificar a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), abrindo de imediato um processo interno que visava a proteção dos dados pessoais e o apuramento de responsabilidades desta situação.

O fator humano é um dos maiores responsáveis pelas quebras de cibersegurança. Segundo um estudo mais de “60% das empresas já sofreram um ciberataque ou uma violação de dados causada por erro humano”.

Em 2018, entrou em vigor o Regulamento para a Proteção de Dados em Portugal, com o principal objetivo de introduzir um novo regime sobre a proteção de dados pessoais, de modo a salvaguardar o cidadão face ao tratamento dos seus dados privados.

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