Tendências Europeias de Privacidade de dados em 2021

Na Europa, no âmbito da proteção de dados, é sempre garantido que os dados pessoais sejam recolhidos, quer por plataformas digitais que exigem um certo tipo de registo ou até quando se pede um empréstimo bancário. Assim, para 2021 a Vice-Presidente e Analista Sénior da Forrester, Julian Archer, discursou pela primeira vez sobre o papel mais proativo que as empresas podem desempenhar na regularização da privacidade dos dados.

Ressaltou a tendência das empresas em definir as suas próprias regras de privacidade, deixando clara a intenção de reforçar a confiança dos seus consumidores e colaboradores, destacando o interesse em preservar a integridade dos mesmos. Tais ações surgem como reflexos da pandemia, em que no ramo empresarial, por exemplo, muitos investiram no Home Office, algo que levou a Forrester a antever que a atividade regulatória e legal relacionada à privacidade dos colaboradores iria duplicar. Desta forma, as empresas precisam de desenvolver privacy by design para as suas iniciativas de recolha, processamento e partilha dos dados pessoais da sua equipa.

O início de 2021 ainda será marcado pelo fim do período de transição do Reino Unido após a sua saída da UE, o que afetará implicações importantes para as empresas europeias. Enza Iannopollo, Analista Seior da Forrester enfatizou o grau de significância de ter soluções próprias alternativas para garantir a não violação das regras de proteção da transferência de dados pessoais das organizações da Europa para o Reino Unido. Estes recursos podem ser traduzidos como garantia permanente da encriptação total dos dados antes de sair da Europa Continental, a fim de resguardar qualquer tipo de penalização às empresas.

Foi, também, explorado pela Forrester o impacto potencial da iniciativa GAIA-X, que consiste num projeto voltado para a infraestrutura de dados federados para a Europa, onde representantes da política, negócios e ciência de França e da Alemanha, juntamente com outros parceiros europeus, estão a criar um sistema federado seguro que atende aos mais altos padrões de soberania digital, ao mesmo tempo que promove inovação. Assim, essa iniciativa pode colocar questões da privacidade de dados devido às diversas legislações de sítios distintos, uma vez que a maioria dos fornecedores de serviços públicos de cloud de negócios na Europa são baseados em outros continentes, maioritariamente na América.

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